Fonte da ilustração:
http://dungeonsdragons.wikia.com/wiki/File:Frost_Giant_by_boudicca.jpg
Os Jotun (em português gigantes, em nórdico antigo Jotun ou
Jötunn) são uma raça mitológica com força sobre-humana e se manifestam sempre
em oposição aos deuses, embora frequentemente eles se misturassem ou até mesmo
tomassem por matrimônio alguns deles, tanto os Æsir e os Vanir. Sua fortaleza é
conhecida como Utgard, e ficava situada em Jotunheim, um dos nove mundos da
cosmologia dos nórdicos, separados de Midgard, o mundo dos homens, por
montanhas elevadas e por florestas densas. Os que viviam em outros mundos
diferentes dos seus próprios, pareciam preferir cavernas e lugares escuros.
Em nórdico antigo, eles eram chamados jotnar (singular, o jotun),
ou risi (singular e plural), em particular um bergrisi, ou þursar
(singular, þurs), em particular, hrímþursar. As gigantes podem
também ser conhecidas como gýgr.
Jotun provavelmente se deriva da mesma raiz que
"comer" (eat em inglês), mantendo o mesmo significado original
de "glutão" ou "homem-comedor." Seguindo a mesma lógica, þurs
pode se derivar do atual "sede" (thirst em inglês) ou
"bebedor de sangue" (blood-thirst em inglês). Risi é
provavelmente uma palavra aparentada à "ascensão" (rise em
inglês), o que pode significar "pessoa elevada." A palavra Jotun
apareceu pela primeira vez em inglês arcaico como Yotun, e eventualmente
semearam as variantes como Geottin, Eottan, e Eontann, de
onde pode ser obtido o Yettin, Ettin e ent, respectivamente. Yettin é um falso
cognato para Yeti.
"Thurs"(gigante) também é o nome de uma runa, que
evoluiu mais tarde para a letra Þ.
O primeiro ser vivo que foi formado no caos primeval, denominado Ginungagap, era um gigante de tamanho monumental, chamado Imer. Ao adormecer pela primeira vez, uma filha e um filho gigante cresceram de suas axilas, enquanto seus dois pés copulavam, nascendo deles um monstro com seis cabeças. Supostamente, estes três seres deram ascensão à raça dos hrímþursar (gigantes das rimas ou gigantes gelados), que povoou Niflheim, o mundo da névoa, do frio e do gelo. Ao contrário dos gigantes, os deuses reivindicam, preferivelmente, sua origem a partir de Buro. Quando o gigante Ymer foi subsequentemente assassinado por Odin, por Vili e por Ve (netos de Buro), seu sangue (isto é, água) inundou Niflheim e matou todos os gigantes, com exceção de Bergelmer e sua esposa, que repopularam a raça de gigantes.
O primeiro ser vivo que foi formado no caos primeval, denominado Ginungagap, era um gigante de tamanho monumental, chamado Imer. Ao adormecer pela primeira vez, uma filha e um filho gigante cresceram de suas axilas, enquanto seus dois pés copulavam, nascendo deles um monstro com seis cabeças. Supostamente, estes três seres deram ascensão à raça dos hrímþursar (gigantes das rimas ou gigantes gelados), que povoou Niflheim, o mundo da névoa, do frio e do gelo. Ao contrário dos gigantes, os deuses reivindicam, preferivelmente, sua origem a partir de Buro. Quando o gigante Ymer foi subsequentemente assassinado por Odin, por Vili e por Ve (netos de Buro), seu sangue (isto é, água) inundou Niflheim e matou todos os gigantes, com exceção de Bergelmer e sua esposa, que repopularam a raça de gigantes.
Os gigantes representam as forças do caos primeval e dos
indomados, a natureza destrutiva. Suas derrotas pelas mãos dos deuses
representam o triunfo da cultura sobre a natureza, apesar do custo da eterna
vigilância. Heimdall vigia, perpetualmente, a ponte de Bifrost, entre Asgard e
Jotunheim, e Thor faz frequentemente visitas ao mundo dos gigantes, para
assassinar tantos quanto ele for capaz. O Edda descreve a maioria como tendo
olhares tenebrosos e intelecto fraco e os compara muitas vezes com o de uma
criança.
Como um todo, a aparência dos gigantes é frequentemente
descrita como hedionda - garras, dentes, pele escura e características
deformadas, além de seu tamanho repugnante. Alguns deles podem ter muitas
cabeças ou uma forma totalmente não-humanóide como, por exemplo, Jormungard (a
serpente de Midgard) e Fenris (o Lobo), dois dos filhos de Loki, conhecidos como
gigantes.
Contudo, quando os gigantes são descritos de forma mais
próxima e com mais propriedade, suas características são, frequentemente,
opostas. Inacreditavelmente velhos, os gigantes carregavam a sabedoria das
epócas já idas. São os gigantes Mimir e Vaftrudener que Odin procura para
ganhar seu conhecimento pró-cósmico. Muitas das esposas dos deuses são
gigantes. Njord é casado com Skade, Gerda transforma-se na consorte de Frey,
Odin ganha o amor de Gunnlod; e mesmo Thor, grande assassino de gigantes, se
torna amante de Jarnsaxa, mãe de Magni e Modi. Desta forma, elas aparecem como
deusas de menor porte, da mesma forma que Ægir, gigante do mar, muito mais
ligado ao deuses do que a pretensa escória que ocupa Jotunheim. Nenhum destes
gigantes teme a luz, e no conforto dos seus repousos, não diferem extremamente
dos deuses.
Em épocas antigas, os gigantes eram conhecidos na Escandinávia, como trolls. Eles não podiam ouvir o som dos sinos das Igrejas Católicas. Deste modo, viviam longe da civilização, nas montanhas ou nas florestas mais remotas. Às vezes, quando viajavam até algumas povoações humanas, seu objetivo principal, normalmente, era silenciar o clamor dos sinos jogando grandes pedregulhos nas igrejas.
Os gigantes, entretanto, eram reconhecidos como uma raça
antiga e em extinção, cujos remanescentes ainda poderiam ser avistados em
lugares remotos. Saxo Grammaticus atribuiu o levantamento dos dólmens aos
gigantes, além de chamar de "arremessos de gigantes" as grandes
pedras encontradas espalhadas pelo país (o que foi provado, mais tarde, serem
remanescentes da Idade do Gelo). Este conceito sobreviveu no folclore por um
longo tempo, como demonstra uma história lendária na Suécia, cujo conto explica
como um gigante , há muitas eras, puxou para cima dois pedaços enormes da
terra, dando forma aos lagos Vänern e Vättern, e jogou-os para fora do Mar
Báltico, onde se transformaram nas ilhas Gotland e Öland, respectivamente.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jotun
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